Após audiência pública realizada há duas semanas, no Rio de Janeiro,
com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), Luciano Coutinho, e os secretários dos estados do Nordeste,
onde foi pleiteada a construção de barragens subterrâneas e
superficiais, de biofábricas para produção de mudas e distribuição de
kits de irrigação, o diretor do banco Guilherme Lacerda sinalizou ao
secretário da Agricultura, Eduardo Salles, também presidente do Conselho
Nacional de Secretários de Agricultura (Conseagri), a liberação de R$
50 milhões de recursos não reembolsáveis.
Os recursos serão destinados a obras estruturantes que deverão
minimizar os prejuízos causados pelas próximas estiagens e que vão além
de carros-pipa e cestas básicas – ações emergenciais que os estados
estão tomando. Salles informou que será realizada uma nova reunião com o
BNDES onde serão definidos alguns critérios, a exemplo da metodologia
de rateio entre os estados, com base no número de habitantes atingidos,
anunciados os valores disponibilizados para cada projeto, prioridades
dos estados, além da apresentação do projeto executivo básico das
barragens.
Em relação aos pequenos barramentos subterrâneos e superficiais visando
perenizar diversos rios e riachos, o secretário da
Agricultura receberá, na terça-feira (22), representantes da empresa
Rural Minas, encarregados da elaboração do projeto das barragens. Também
haverá uma reunião com a Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos
Hídricos (CERB), Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e
Superintendência de Irrigação (SIR) para finalização do projeto.
O secretário explicou que essas solicitações não vão surtir efeito
nessa gestão, mas farão com que os próximos titulares da pasta e os
agropecuaristas nordestinos não sofram tanto como agora. “Nesse momento,
o BNDES abraçou a ideia de fazermos obras estruturantes e pensarmos em
um planejamento de médio e longo prazo. As biofábricas vão oferecer aos
agricultores familiares mudas de palma, sisal, umbu, caju, manivas de
mandiocas e de outras culturas tolerantes a seca, com alto padrão
genético e sanidade”, disse.
As comunidades carentes do semiárido deverão contar ainda com a
distribuição de sistemas de irrigação simplificados de dois hectares
para agricultores familiares visando à produção de hortaliças, grãos e
frutas. Ambos os projetos já estão sendo finalizados.
“Parabenizo os secretários por esta atitude de pensar a longo prazo”,
disse o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmando que gostou da
ideia, cujo mérito é indiscutível.
Fonte: Seagri
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