A ideia com esta tecnologia social, de baixo custo, é agregar valor à fruta nativa do Nordeste, processando o umbu de diversas formas, e contribuir para a geração de emprego e renda, sobretudo, na agricultura familiar. De acordo com a professora, foram desenvolvidos 11 produtos na Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri).
“Os estudantes participaram inicialmente de palestras, para compreender as características da fruta, e depois aplicar os conhecimentos adquiridos na prática”, explicou Érica. Segundo ela, a iniciativa, além de evitar o desperdício do alimento, beneficia o pequeno agricultor. “Por ser uma fruta nativa, ela não precisa do produtor, o que é muito interessante para o pequeno agricultor, por exemplo. O custo é zero, o trabalho é só colher a fruta do pé e aproveitá-la ao máximo”.
Produção sustentável - A estudante Alessandra Santos explica que até a casca é aproveitada. “Fazemos geleias de casca de umbu. É maravilhosa”. Ela diz ainda que a preocupação não se restringe a evitar o desperdício da fruta no período das safras, mas de pensar em uma produção que não cause danos à saúde e seja sustentável, protegendo o meio ambiente. “Nossa produção é toda natural. Não utilizamos nada industrializado. Compotas de umbu e a umbuzada são uma espécie de vitamina de umbu”.
Também estudante do curso, Andréa Fontes diz que os planos são de criar ainda mais produtos derivados do umbu. “A região é rica dessa fruta. Porque não pensar em uma forma de beneficiar a comunidade? Os produtos criados podem ser comercializados e essa é uma possibilidade de sustento interessante e bastante econômica”.
Ações como esta, reafirmam a concepção da Educação Profissional da Bahia, que na matriz curricular prevê o trabalho como princípio educativo e a intervenção social como princípio pedagógico. Além disso, contempla a dimensão ambiental para que os estudantes atendam e se beneficiem do desenvolvimento socioeconômico e ambiental dos Territórios de Identidade onde vivem.
Fonte: Lider Noticias
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