O Baixio de Irecê talves será contemplada com 1 das 4 Usinas !
Na coluna passada, informamos que a EMBRAPA, mais precisamente a EMBRAPA
SEMIÁRIDO, localizada em Petrolina, desenvolve vasto programa de
pesquisas em estágio avançado e com resultados promissores com novas
fruteiras, algumas de clima temperado, como maçã e pera, visando
oferecer opções que permitam a necessária diversificação de culturas no
contexto que se avizinha, qual seja, o de aumento da oferta e demanda
por terras irrigáveis nesta região baiana e nordestina, com os avanços e
conclusão de obras em importantes perímetros irrigados, a exemplo dos
projetos Salitre, Baixio de Irecê (ambos na Bahia) e Pontal (PE).
O mercado não irá comportar, no médio prazo, espaço somente para as
habituais produção de uva, manga e melão, entre outras alternativas
atualmente cultivadas, sendo imperioso diversificar a pauta. No caso do
etanol, abordado a seguir, será possível implantar ao menos mais 4
usinas somente nessas áreas do semiárido baiano.
Por seu turno, existem claras indicações de que projetos
comprovadamente vitoriosos atualmente em andamento, em escala comercial,
como é o caso da AGROVALE (produtora de cana, açúcar e etanol em
Juazeiro, Bahia), podem contribuir para encorajar a vinda de empresas
para investir em biocombustíveis na região, notadamente em etanol 1G e
2G ( primeira e segunda geração), de modo especial aqueles grupos
empresariais que, provavelmente escaldados com a frustração das 2
últimas safras no Centro-Sul, buscam se instalar em locais sob
condições neutralizadores de eventos climáticos e com possibilidade de
produção de matéria-prima durante todo o ano inteiro, evitando a
habitual ociosidade do maquinário processador das usinas. Nesse cenário,
que privilegia a irrigação, se destacam empresas do Sudeste e outras,
mais novas, que estão na empenhados na disputa pela obtenção da
tecnologia de produção do etanol celulósico (2G), como a GRAALBIO e a
Raízen (COSAN/SHELL).
No caso concreto dos projetos exitosos, a revista “Cana Mix”, de
abril deste ano, com foco no setor sucroalcooleiro, assume que os
números da AGROVALE “são um sonho para todas as usinas
sucroenergéticas do Brasil, principalmente depois da quebra de
produtividade da última safra do Centro-Sul”. Em 2011, a empresa
alcançou uma média de 91 toneladas por hectare, com cana de 1 ano, ante
uma média de 82,5 e 77,6 toneladas por hectare, observadas no Sudeste
e Centro-Oeste, respectivamente.
Os números das 2 últimas safras, ambas frustradas pelo clima, são,
porém inferiores a estes: com efeito, se em 2011/2012, o Centro-Sul
produziu apenas 60 toneladas/ha, o Nordeste, em anos secos, atinge algo
como 55 toneladas/há ou menos.
Ressalte-se ainda a constatação de experiências em curso que registram
produtividade agrícola entre 120 e 150 toneladas por hectare, em regime
de irrigação, e que a EMBRAPA AGROENERGIA, poderá, em 7 a 8 anos,
liberar comercialmente uma cana transgênica resistente ao estresse
hídrico, a qual diminuirá consideravelmente as necessidades hídricas da
lavoura, segundo informações do Pesquisador Hugo Molinari, daquela
conceituada empresa. E posteriormente veremos que empresas tem potencial
de investir.
Fonte: Bahia Econômica
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