A retomada do projeto de
irrigação de Ceraíma, paralisado desde 2008 quando a barragem de
Ceraíma entrou em exaustão e deixou de fornecer água, será um dos
reflexos benéficos da entrada em operação da Adutora do Algodão -
parceria do Ministério da Integração Nacional (MI), por meio da
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba
(Codevasf), e o Governo do Estado da Bahia, por meio da Empresa Baiana
de Águas e Saneamento (Embasa), que será inaugurada nesta sexta em
Malhada, na Bahia, às 9:30 h, pela presidenta Dilma Rousseff.
A
expectativa foi expressada pelo presidente da Codevasf, Elmo Vaz, aos
jornalistas que participaram da entrevista coletiva na manhã desta
quinta (8), em Salvador. “A Codevasf tem um papel e um compromisso com o
desenvolvimento regional; e a água, além de saúde, traz
desenvolvimento. Ceraíma sofreu com o colapso da barragem, mas agora,
aos poucos, iremos retomar o projeto”, disse.
O
projeto de irrigação de Ceraíma, em Guanambi, é de responsabilidade da
Codevasf e conta com uma área de 420 hectares irrigáveis distribuídos em
112 lotes agrícolas de produtores familiares, com destaque para a
produção de manga, seguida do cultivo de banana. A estimativa inicial
para o projeto apontava um potencial de gerar 370 empregos diretos, 550
indiretos e produzir 2,2 mil toneladas anuais de alimentos. Além do
suprimento hídrico ao projeto de irrigação, a barragem de Ceraíma – que
passa agora a ser alimentada pela Adutora do Algodão -, irá fornecer
água para outros produtores externos e beneficiar diretamente uma
população de cerca de 1,7 mil pessoas.
Inauguração da Adutora -
O ato de inauguração nesta sexta terá a presença do ministro da
Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e do governador da Bahia,
Jaques Wagner. Nessa primeira etapa, os investimentos totalizam R$ 136
milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),
sendo R$ 75,7 milhões repassados à Embasa e outros cerca de R$ 60
milhões aplicados diretamente pela Codevasf. Na segunda etapa, serão
investidos R$ 55 milhões, aproximadamente.
“Essa
obra estruturante, executada pela Embasa, permitirá a solução
definitiva do problema de suprimento de água na microrregião de
Guanambi. Isso, porque as barragens de Ceraíma e de Poço do Magro,
mananciais que eram utilizados para abastecer a região, vinham
apresentando redução de seu volume acumulado. A água do São Francisco
está chegando para atender as necessidades da população que, anualmente,
convive com estiagem prolongada", explicou o presidente da Embasa,
Abelardo de Oliveira Filho, que também respondeu às perguntas dos
jornalistas na coletiva à imprensa.
A
primeira etapa do empreendimento compreende 279,5 quilômetros de
adutoras, uma estação de tratamento de água, uma estação de tratamento
de lodo, seis elevatórias, seis reservatórios e uma estação de
tratamento com capacidade de vazão de 450 litros por segundo. Ao final
das duas etapas, a Adutora do Algodão irá abastecer as casas de cerca
165 mil habitantes.
Na primeira
fase, serão beneficiados os municípios de Malhada, Iuiú, Palmas de Monte
Alto, Candiba, Pindaí, Matina e Guanambi; as localidades de Mutãs
(Guanambi) e Pajeú do Vento (Caetité), além de localidades rurais
situadas ao longo da área de influência do sistema. Já na segunda etapa,
a obra vai reforçar o abastecimento de água na sede municipal de
Caetité e nos distritos de Morrinhos (município de Guanambi), Maniaçu e
Brejinho das Ametistas (município de Caetité) e Ibitira (município de
Rio do Antônio).
Com abastecimento
de água por meio de captação no rio São Francisco, a Adutora do Algodão
permitirá a solução do problema de suprimento de água de forma
definitiva na região.
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