sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Adutora do Algodão irá permitir retomada de projeto de irrigação, afirma presidente da Codevasf


Adutora do Algodão irá permitir retomada de projeto de irrigação, afirma presidente da Codevasf


A retomada do projeto de irrigação de Ceraíma, paralisado desde 2008 quando a barragem de Ceraíma entrou em exaustão e deixou de fornecer água, será um dos reflexos benéficos da entrada em operação da Adutora do Algodão - parceria do Ministério da Integração Nacional (MI), por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), e o Governo do Estado da Bahia, por meio da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), que será inaugurada nesta sexta em Malhada, na Bahia, às 9:30 h, pela presidenta Dilma Rousseff.
A expectativa foi expressada pelo presidente da Codevasf, Elmo Vaz, aos jornalistas que participaram da entrevista coletiva na manhã desta quinta (8), em Salvador. “A Codevasf tem um papel e um compromisso com o desenvolvimento regional; e a água, além de saúde, traz desenvolvimento. Ceraíma sofreu com o colapso da barragem, mas agora, aos poucos, iremos retomar o projeto”, disse.
O projeto de irrigação de Ceraíma, em Guanambi, é de responsabilidade da Codevasf e conta com uma área de 420 hectares irrigáveis distribuídos em 112 lotes agrícolas de produtores familiares, com destaque para a produção de manga, seguida do cultivo de banana. A estimativa inicial para o projeto apontava um potencial de gerar 370 empregos diretos, 550 indiretos e produzir 2,2 mil toneladas anuais de alimentos. Além do suprimento hídrico ao projeto de irrigação, a barragem de Ceraíma – que passa agora a ser alimentada pela Adutora do Algodão -, irá fornecer água para outros produtores externos e beneficiar diretamente uma população de cerca de 1,7 mil pessoas.
Inauguração da Adutora - O ato de inauguração nesta sexta terá a presença do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e do governador da Bahia, Jaques Wagner. Nessa primeira etapa, os investimentos totalizam R$ 136 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sendo R$ 75,7 milhões repassados à Embasa e outros cerca de R$ 60 milhões aplicados diretamente pela Codevasf. Na segunda etapa, serão investidos R$ 55 milhões, aproximadamente.
“Essa obra estruturante, executada pela Embasa, permitirá a solução definitiva do problema de suprimento de água na microrregião de Guanambi. Isso, porque as barragens de Ceraíma e de Poço do Magro, mananciais que eram utilizados para abastecer a região, vinham apresentando redução de seu volume acumulado. A água do São Francisco está chegando para atender as necessidades da população que, anualmente, convive com estiagem prolongada", explicou o presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho, que também respondeu às perguntas dos jornalistas na coletiva à imprensa.
A primeira etapa do empreendimento compreende 279,5 quilômetros de adutoras, uma estação de tratamento de água, uma estação de tratamento de lodo, seis elevatórias, seis reservatórios e uma estação de tratamento com capacidade de vazão de 450 litros por segundo. Ao final das duas etapas, a Adutora do Algodão irá abastecer as casas de cerca 165 mil habitantes.
Na primeira fase, serão beneficiados os municípios de Malhada, Iuiú, Palmas de Monte Alto, Candiba, Pindaí, Matina e Guanambi; as localidades de Mutãs (Guanambi) e Pajeú do Vento (Caetité), além de localidades rurais situadas ao longo da área de influência do sistema. Já na segunda etapa, a obra vai reforçar o abastecimento de água na sede municipal de Caetité e nos distritos de Morrinhos (município de Guanambi), Maniaçu e Brejinho das Ametistas (município de Caetité) e Ibitira (município de Rio do Antônio).
Com abastecimento de água por meio de captação no rio São Francisco, a Adutora do Algodão permitirá a solução do problema de suprimento de água de forma definitiva na região.

Nenhum comentário:

Postar um comentário