Ao contrário do semiárido baiano, onde a seca provocou um prejuízo que
ainda perdura mesmo após a volta das chuvas, no oeste os agricultores
comemoram mais uma boa safra. Isto, mesmo com a estiagem que por lá
também deixou aflitos inúmeros produtores. A produção as safra 2011-2012
no oeste baiano é estimada em 7,14 milhões de toneladas de grãos e
fibras. A anterior foi de 6,90 milhões de toneladas.
A diferença climática entre as duas regiões reflete, claro, em suas
realidades. Enquanto no semiárido baiano (principalmente nas áreas norte
e centro-leste) há locais com índice pluviométrico médio de 200mm/ano
(na maior parte do ano chove menos que o necessário), no estremo oeste
os índices anuais estão entre 1.200 mm a 1.800mm. O resultado é um
agronegócio mais próspero.
Não é de hoje que o oeste é considerado uma espécie de “menina dos
olhos” do agronegócio baiano, tendo atraído levas de migrantes de todo o
país. No extremo –oeste, além de bom índice de chuva, há 24 rios
perenes, afluentes menores e o território está sobre o aqüífero Urucuai,
um dos maiores reservatórios de águas subterrâneas do Brasil.
No cerrado, os investimentos em irrigação são todos de iniciativa
privada. Muito se tem feito, mas a região tem potencial bem maior. Há
2.24 milhões de hectares previstos para serem plantados na safra
2012/2013, mais só 120 mil hectares são irrigados, segundo o
vice-presidente da Associação dos Agricultores e irrigantes da Bahia,
Sérgio Pitt. Ele disse que, com a irrigação, o produtor pode plantar
numa mesma área duas safras por ano, já na região dos vales, no mesmo
território do oeste a grande maioria dos investimentos é pública,
através do governo federal, por meio da Companhia de Desenvolvimento
dos Vales do São Francisco e Parnaiba(COdevasf).
Em perímetros irrigados com águas dos rios Grande e Corrente, projetos
são destinados à agricultura familiar e também a empresários de médio
porte nos municípios de Bom Jesus da Lapa, Barreiras, São Desidério e
Riachão das Neves.
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