segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Seca no oeste não impediu safra maior que a anterior


 
 
Ao contrário do semiárido baiano, onde a seca provocou um prejuízo que ainda perdura mesmo após a volta das chuvas, no oeste os agricultores comemoram mais uma boa safra. Isto, mesmo com a estiagem que por lá também deixou aflitos inúmeros produtores. A produção as safra 2011-2012 no oeste baiano é estimada em 7,14 milhões de toneladas de grãos e fibras. A anterior foi de 6,90 milhões de toneladas.
 
A diferença climática entre as duas regiões  reflete, claro, em suas realidades. Enquanto no semiárido baiano (principalmente nas áreas norte e centro-leste) há locais com índice pluviométrico médio de 200mm/ano (na maior parte do ano chove menos que o necessário), no estremo oeste os índices anuais estão entre 1.200 mm a 1.800mm. O resultado é um agronegócio mais próspero.
 
Não é de hoje que o oeste é considerado uma espécie de “menina dos olhos” do agronegócio baiano, tendo atraído levas de migrantes de todo o país. No extremo –oeste, além de bom índice de chuva, há 24 rios perenes, afluentes menores e o território está sobre o aqüífero Urucuai, um dos maiores reservatórios de águas subterrâneas do Brasil.
 
No cerrado, os investimentos em irrigação são todos de iniciativa privada. Muito se tem feito, mas a região tem potencial bem maior. Há 2.24 milhões de hectares previstos para serem plantados na safra 2012/2013, mais só 120 mil hectares são irrigados, segundo o vice-presidente da Associação dos Agricultores e irrigantes da Bahia, Sérgio Pitt. Ele disse que, com a irrigação, o produtor  pode plantar numa mesma área duas safras por ano, já na região dos vales, no mesmo território do oeste a grande maioria dos investimentos é pública, através do governo federal, por meio da Companhia  de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaiba(COdevasf).
 
Em perímetros irrigados com águas dos rios Grande e Corrente, projetos são destinados à agricultura familiar e também a empresários de médio porte nos municípios de Bom Jesus da Lapa, Barreiras, São Desidério e Riachão das Neves.

Nenhum comentário:

Postar um comentário