A
Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à
Secretaria da Agricultura (Seagri), orienta agricultoras familiares do
povoado de Caldeirão, localizado a seis quilômetros do município de
Uibaí, a aproveitarem a safra do umbu. Com isso, o fruto mais popular do
sertão baiano se torna presença fácil na merenda escolar da região, por
intermédio de ações como o Programa Nacional de Alimentação Escolar
(Pnae) e o de Aquisição de Alimentos (PAA).Sempre atualizadas pelos técnicos da empresa, sobre o preparo de derivados do umbu, 20 mulheres da Cooperativa Mista Agropecuária de Uibaí estão transformando a vida de suas famílias. “Vemos a mudança acontecer na vida de cada uma delas. Hoje elas têm geladeiras e eletrodomésticos, que são a realização de um sonho. Tudo por conta deste trabalho em grupo,” explica a técnica da EBDA, Elisete Rocha.
Durante o período da safra, as agricultoras fazem as polpas durante as manhãs, e às tardes, realizam a colheita dos frutos, o que otimiza o tempo. “Com esta dinâmica é possível produzir em média 200 quilos de polpa de umbu, que são entregues às escolas do município, e com o excedente das frutas são feitas geleias, sorvetes e compotas”, diz Elisete.
Beneficiamento
De acordo com o técnico da EBDA, Arnou
Dourado, com o curso de beneficiamento do umbu, as agricultoras também
aprenderam a desenvolver receitas com ingredientes simples e de pouco
custo. “O intuito é agregar valor ao umbu. A cocada rústica, por
exemplo, leva somente açúcar, a pasta do fruto e o coco ralado, o que
valoriza o doce”.
O produto, após passar pelo processo de pasteurização, ensinado aos
agricultores nas capacitações, pode ser guardado por até seis meses, em
temperatura ambiente, sem adição de nenhum conservante. “Estes cuidados
tornam a polpa disponível o ano inteiro”, garante Dourado.
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