segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Fim de seca anima empresários da agricultura

Os empresários da agricultura e pecuária baiana terminam 2016 com os olhos voltados para os céus. Após o quinto ano consecutivo de seca, com prejuízos que ultrapassam os R$ 3 bilhões apenas na região Oeste, La Niña já trouxe as primeiras chuvas. 
“As chuvas chegaram nesta semana. Os produtores estão entusiasmados porque os prejuízos foram grandes”, comemorava o secretário da Agricultura, Victor Bonfim, durante a apresentação  da Fenagro, na última quinta-feira. 
Bonfim lembra que desta vez os efeitos da estiagem se espalharam por todas as regiões agrícolas da Bahia. A região do Cacau teve quebra de 50% na safra, o Oeste contabilizou perdas de 40% na produção de soja e de 38% na de algodão, diz. 
Entre os pecuaristas, os prejuízos também foram grandes. Só na região de Vitória da Conquista foram perdidas mais de 15 mil cabeças de gado, fala o secretário. “No próximo ano a agropecuária voltará a contribuir com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da Bahia”, projeta.
"O Brasil precisa reflorestar 20 milhões de hectares e isso será feito com florestas plantadas. Onde vai ser? Dependem das condições", diz Wilson Andrade, presidente da Abaf, defendendo que a Bahia se prepare para atrair os investimentos necessários para cumprir o Acordo Climático Global de Paris.
Decisão tomadaEm seis meses, o governo Temer tomou uma decisão que vinha se arrastando por décadas a respeito do Porto de Salvador: a expansão do atual Terminal de Contêineres (Tecon), operado pela Wilson Sons, ou a construção de um novo terminal. Optou pela ampliação, fato comemorado por uns e lamentado por outros. 
Com a decisão, o cais principal do Tecon deverá passar dos atuais 357 metros para 800 metros, como parte de um investimento de R$ 358 milhões. Somando-se os gastos com a manutenção, a Wilson Sons vai desembolsar na área R$ 715 milhões, em troca de mais 25 anos de concessão da área, findos em 2050. 
Com isso, espera-se que o estado tenha condições de receber por vez dois navios com 366 metros de cumprimento – os maiores em construção atualmente – a partir de 2020. Se o governo federal tivesse definido a ampliação, ou a construção de um novo terminal, há dez anos, hoje a Bahia estaria em posição de vanguarda. Agora é torcer pela mesma agilidade  em Aratu. 
Mudou a data e ficou na mesma situaçãoO Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou o adiamento do Leilão de Energia Renovável (LER) do dia 16 para 19 de dezembro. Na prática, não muda nada em relação à situação da Bahia, cujos projetos permanecem fora da disputa por falta de estrutura para a transmissão de energia. 
Caso a situação não se modifique, a Bahia vai deixar de receber aproximadamente R$ 3 bilhões em investimentos previstos. Mesmo com o prazo se esgotando, o governo baiano ainda mantém as esperanças de uma decisão que permita ao estado participar.
No horizontePortabilidadeA Fontes Promotora de Crédito, segunda maior correspondente bancária do país, com unidade em Salvador, movimentou este ano R$ 42 milhões em operações de portabilidade de crédito, que oferece reduções de até 20% nos débitos. Efeito do aperto nas contas das famílias brasileiras. 
Fonte: CORREIO

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